Confira a programação do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia
Inspirada na circularidade e sustentação que o formato em Teia traz, metodologia convida congressistas a uma participação ativa
Está no ar a programação preliminar do XI CBA. O documento traz as atividades diárias e também explica o processo de construção da metodologia, pensada no formato de Teia. A proposta tem como objetivo a interação de diferentes saberes em espaços plurais de diálogo.
O encontro ocorrerá em Sergipe entre os dias 4 e 7 de novembro de 2019 e o lema desta edição é “Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares”.
Segundo Paulo Petersen, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), a opção pelo lema do XI CBA parte da ideia de que a Agroecologia se constrói a partir da interação entre prática, ciência e movimento e de que as diversas fontes de conhecimento precisam interagir.
"A ecologia é a ciência das interações. Precisamos fazer com que os conhecimentos acadêmicos e populares dialoguem e se alimentem mutuamente, assim como as diferentes disciplinas dentro da academia. Por isso, a importância da ecologia de saberes", explica Petersen.
Para Fernanda Amorim, coordenadora da Comissão de Metodologia do XI CBA, o Congresso traz forte a marca da construção colaborativa. "O CBA é um grande processo mobilizador da diversidade de sujeitos que constroem a Agroecologia nas universidades e institutos, no campo e na cidade. O Congresso representa também um momento de encontro e de diálogo que alimenta ações e práticas nos diversos territórios de atuação", destaca.
Metodologia
A metodologia que inspirou a programação do XI CBA tem como base as proposições da "Pedagogia do Território", de Raquel Rigotto, e da Pedagogia Griô, de Líllian Pacheco e do Griô Márcio Caires. A partir dessas abordagens, a programação foi organizada no formato de teia. O intuito é aproximar as práticas, exercitando escuta, colheita e partilha de conhecimentos e experiências. O convite é para que todas e todos possam olhar para as diferentes linguagens, territórios e saberes fazendo a costura entre os princípios que permeiam a construção da agroecologia nos diversos espaços e sujeitos
A culminância do congresso começará com uma mística de encantamento e acolhimento seguida da Conferência de Abertura, onde serão recebidas todas as e os participantes e conferencistas, num chamado ao diálogo diante do lema central - a ecologia de saberes. Os 16 eixos temáticos e questões geradoras serão abordados nos ambientes de Diálogo de Saberes e integrados em dez Conferências Conjuntas, tecendo a Conferência de Despedida.
A complexidade da programação reflete o desafio coletivo da prática e reflexão da Ecologia de Saberes, da tecelagem dos fios de resistência e da força que conectam os territórios e experiências em todo país.
A programação está disponível aqui. O convite é para a leitura atenta tanto dos ambientes e suas atividades quanto da metodologia pensada para cada espaço do congresso.
O XI CBA já começou
Encantamento e comunidade. Estes são os fios que têm tecido as ações de construção do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia nos territórios. Seja nos encontros de planejamento da Comissão Local, nas atividades e processos preparatórios organizados em instituições de ensino, pesquisa e extensão, nas feiras agroecológicas e praças públicas das cinco regiões do país: o CBA já começou.
Assim, o incentivo é para que os Núcleos de Agroecologia, grupos e coletivos animem ainda mais os processos preparatórios em seus territórios com rodas de conversa, oficinas, mostra de filmes, participação nas feiras agroecológicas e convidem famílias agricultoras a participarem do CBA. O mais importante é dialogar sobre os temas trazidos no lema do congresso e pensar em maneiras coletivas de chegar até Sergipe - como as Caravanas Agroecológicas e Culturais.
Se possível, marque as redes da ABA-Agroecologia e da Rede Sergipana de Agroecologia, para a construção conjunta da memória do XI CBA.